Água: circular por natureza

Olhar o consumo de uma nova forma

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Os conceitos circulares de reutilização, restauração e renovação fazem cada vez mais parte do vocabulário, do espírito e da atuação diária da EPAL. Neste caminho de sustentabilidade, na senda de evitar ou minimizar o desperdício e de criar valor, a EPAL procurou uma solução que assegurasse critérios de sustentabilidade ambiental e económica, construindo assim um parque de lamas na ETA da Asseiceira, que veio permitir uma capacidade de gestão e qualidade dos materiais muito mais flexível.

Estima-se que, em Portugal, sejam produzidas cerca de 20 mil toneladas de lamas provenientes da filtragem de água para consumo humano, por ano, das quais 4 mil

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toneladas são produzidas na Estação de Tratamento de Água da Asseiceira, infraestrutura que faz parte do subsistema de Castelo do Bode, e é responsável por 75% da água potável produzida pela EPAL, tratando a água captada na Albufeira de Castelo do Bode.

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A assinatura do protocolo entre a EPAL, a Águas de Portugal Energias e a Prélis – smart ceramics, compreende a entrega, por parte da EPAL, do subproduto resultante do tratamento de água (“lamas”) produzidas nesta Estação de Tratamento à Prélis, para que seja integrado no fabrico de novos produtos cerâmicos, designadamente, de tijolo.

Este protocolo veio contribuir para a sustentabilidade económica, pois oferece soluções que potenciam a minimização de custos e o desenvolvimento de um novo produto cerâmico, de base ecossustentável, e para a sustentabilidade ambiental, uma vez que, ao permitir a redução do uso de recursos naturais, contribui para a descarbonização e a regeneração do capital natural extraído à biosfera (argila).

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Tijolo com características únicas, devido à percentagem elevada de argila proveniente da filtragem de água para consumo humano, na sua constituição. A elevada inércia térmica e hídrica são as suas principais virtudes.

A deficiente gestão dos níveis de humidade no interior dos edifícios é considerada a principal causa da deterioração da qualidade do ar. Com o Tijolo de água esse problema será minimizado, uma vez que, dadas as particularidades que o compõem, fará uma melhor gestão desses níveis, sobretudo na redução de humidade que é produzida no interior das habitações.

O aproveitamento, para o fabrico de tijolo, do subproduto do processo de tratamento de água produzido no âmbito da operação de ETA da Asseiceira, com base numa lógica de economia circular, constitui-se como um importante contributo para a sustentabilidade do Planeta, promovendo a competitividade das atividades económicas desenvolvidas em território nacional.

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O objeto deste Protocolo pode ainda ser replicado para a valorização de subprodutos produzidos noutras instalações de tratamento de água de empresas do

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Grupo Águas de Portugal, com composição equivalente às produzidas na Asseiceira.

As lamas da ETA de Asseiceira e de várias ETA localizadas entre a Guarda e Évora, têm propriedades físico-químicas com aplicação no tratamento de águas residuais. Os ensaios realizados nos últimos três anos com lamas de várias ETA e efluentes de ETAR do interior e litoral do País, confirmam o elevado potencial para remoção de fósforo e CQO. O aumento da produção de lamas primárias e, por digestão, aumento da produção de energia elétrica a partir do biogás é significativamente reforçado.

A remoção de fósforo é da ordem dos 40% a 60% e de CQO de 60% a 80%.

Aguarda-se a certificação REACH, no imediato, para uma das três categorias de lamas, posicionando este subproduto como um produto disponível para o tratamento de águas residuais e aplicações agrícolas.

A recuperação de reagentes de lamas de ETA em ETAR, perspetiva-se como um caso de sucesso de upcycling no setor e para o setor da água.

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